sexta-feira, 4 de maio de 2012

ED04 Filosofia Moderna





A filosofia moderna procura distanciar o máximo possível de todas as orientações e influências religiosas. Para isso parte-se do pressuposto de que a sociedade, o pensamento e as ações deveriam ser orientados pela razão, leia-se neste caso, a ciência. A Filosofia Moderna corresponde ao pensamento desenvolvido da metade do século XV ao final do século XVIII. O que chamamos de mentalidade moderna advém das transformações culturais, sociais, religiosas e econômicas que ocorreram na Europa deste período. A filosofia neste período está subdivida em vários subtópicos, e escolas de diferentes períodos, tais como:
FILOSOFIA DO RENASCIMENTO: O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento.

FILOSOFIA DO SÉCULO XVII: A Filosofia do século XVII é, no ocidente, considerada como a visão do princípio da filosofia moderna, e o distanciamento do pensamento medieval, especialmente da Escolástica. Frequentemente é chamada de "idade da razão" e é considerada a sucessora da renascença e precede do iluminismo. Alternativamente, ela pode ser vista como uma visão prévia do Iluminismo.
FILOSOFIA DO SÉCULO XVIII: A filosofia do século XVIII foi um movimento filosófico ocorrido na Europa e em alguns países americanos, e nos seus mais distantes períodos também inclui a Idade da razão. O termo pode se referir simplesmente ao movimento intelectual do Iluminismo que defendia a razão como base primária da autoridade.
FILOSOFIA DO SÉCULO XIX: No século XVIII, os filósofos do Iluminismo começaram a exercer um efeito dramático, tendo como ponto de referência o trabalho de filósofos como Immanuel Kant e Jean-Jacques Rousseau, e isso influenciou uma nova geração de pensadores. No final do século XVIII, um movimento conhecido como Romantismo surgiu para reunir o formalismo racional do passado , com uma grande, maior e imediata visão emocional do mundo.




quarta-feira, 2 de maio de 2012

ED03 Racionalismo, Empirismo e Criticismo Kantiano



O RACIONALISMO é uma doutrina que surgiu na era de 1.300 anos antes de Cristo. Os filósofos racionalistas utilizaram a matemática como instrumento da razão para explicar a realidade. O racionalismo pode ser definido como uma corrente filosófica que teve início com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. O Racionalismo usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas como racionalismo.

O EMPIRISMO é descrito-caracterizado pelo conhecimento científico, a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias por onde se percebe as coisas, independente de seus objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento.
O EMPIRISMO apresenta várias ramificações, mas mesmo assim é possível caracterizá-lo a partir de seis afirmações báscas que são:
v   Não há ideias inatas, e nem conceitos abstratos;
v   O conhecimetno se reduz a impressões sensíveis e a idéias definidas como cópias enfraquecidas das impressões sensoriais;
v  As qualidades sensíveis são subjetivas;
v  As relações entre as ideias reduzem-se as associações;
v  Os primeiros princípios, e em particular o da causalidade, reduzem-se associações  de ideias convertidas e generalizadas sob forma de associações habituais;
v  O conhecimento é limitado aos fenômenos e toda a metafísica, conceituada em seus termos convencionais, é impossivel.”

 


O CRITICISMO KANTIANO surge no século XVIII, na confluência do racionalismo, do empirismo e da ciência física-matemática. Seu percurso  histórico está marcado pelo governo de Frederico II, a independência americana e a Revolução Francesa. O ponto de partida do Kantismo é o problema do conhecimento, e a ciência, tal como existe. A ciência se arranja de juízos que podem ser analíticos e sintéticos. Os juízos analíticos são fundados no princípio de identidade, o predicado aponta um atributo contido no sujeito. Tais juízos independem da experiência, são universais e necessários. Os sintéticos, a posteriori, resultam da experiência e sobrepõem ao sujeito no predicado, um atributo que nele não se acha previamente contido  sendo, por isso, privados e incertos.











segunda-feira, 30 de abril de 2012

ED 01


ANÁLISE DO PENSAMENTO EDUCACIONAL DE PLATÃO E ARISTÓTELES

         Para Platão a educação era baseada na república ideal, na qual o ser humano era mais bem educado ao ser subordinado a uma sociedade justa, a criança deveria ser retirada dos cuidados de sua mãe e ser entregue aos cuidados do estado, cada criança deveria receber educação de acordo com a casta que faria parte.
        A educação deveria ser holística, incluindo fatos, habilidades, disciplinas físicas, música e arte. o talento não era repartido geneticamente, então deveria ser encontrado em crianças de qualquer classe social.        Essa forma de pensar fazia com que as crianças consideradas mais aptas fossem treinadas pelo estado para que fossem qualificados para assumir o papel de uma classe dominante.
        Já para Aristóteles o ser humano poderia se assemelhar aos deuses na busca pelo conhecimento, ou melhor deveria ser parecido com os deuses pelo menos no aspecto do saber.       
        Aristóteles sentia a necessidade de investir em sentimentos e atitudes que fossem contrários ao caráter tirânico. Ele percebia que para gerir uma instituição, a família ou a si mesmo a pessoas deveria ter solidez de caráter, isso se conseguia pelo bom uso da razão e pela vivência da virtude do equilíbrio.
        Os filósofos contribuíram de forma marcante na educação, pois por meio do estudo da história da educação é possível chegar ao conhecimento da educação contemporânea. podemos perceber que através da historia da educação, há séculos busca-se uma educação voltada para o desenvolvimento pleno do homem e sua realização como cidadão. a educação atual é ao mesmo tempo, reflexo do passado e preparação para o futuro, desta forma, o conhecimento do passado é chave para entender o futuro.
AVA 02



                                             ONTOLOGIA


O termo ontologia é originário da filosofia. Ontologia é um ramo da filosofia que lida com a natureza e a organização do ser. Esse termo foi introduzido por Aristóteles. No contexto da pesquisa em “ontologia”, filósofos tentam responder as questões “O que é um ser?” e “Quais são as características comuns de todos os seres?” (Maedche, 2002).
Ontologia significa o conhecimento do ser, reproduz a natureza do ser, existência dos entes, a realidade e as questões metafísicas em geral. Na filosofia, trata do ser concebido que tem uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres.

Estuda o ser em geral e as suas propriedades transcendentes, define o ser e estabelece as categorias fundamentais das coisas a partir do estudo dos seus sistemas e das suas estruturas. Estuda os seres como são e não com base nos fatos ou nas propriedades particulares que se obtêm das mesmas.

Segundo Wolff, o princípio da razão suficiente, nomeadamente, que em todos os casos tem de haver alguma razão suficiente para explicar por que qualquer ser existe em vez de não existir. O universo é uma coleção de seres, cada um dos quais tem uma essência que o intelecto é capaz de apreender como ideia clara e distinta. O princípio da razão suficiente é invocado para explicar por que a algumas essências foi concedida a existência e a outras não. As verdades sobre os seres são todas necessárias. Assim, a ontologia nada tem a ver com a ordem contingente do mundo.

Entre as principais questões abordadas pela ontologia, destacam-se as entidades abstratas. Os números e os conceitos, por exemplo, entram no conjunto das coisas abstratas, ao contrário dos seres humanos, das mesas, dos cães e das flores. A ontologia questiona-se sobre que critério deve ser usado para estabelecer se uma entidade é abstrata ou concreta, tendo em conta que há entidades abstratas que não se sabe se existem.

quarta-feira, 25 de abril de 2012




     O MITO SACI PERERÊ

Cascudo (1976) registra que foi em fins do século XVIII que se deu a aparição do Saci, vindo do Sul, pelo Paraguai-Paraná, zona indicada como tendo sido o centro da dispersão dos Tupi-Guaranis. Outros afirmam que o Saci tenha surgido no século XIX. Concordam, porém, ao dizer tratar-se de uma evolução de um mito indígena ao qual foram acrescentadas contribuições de elementos africanos e europeus. Assim, inicialmente chamar-se-ia Yaci Yaterê e seria um índio de uma só perna. Esse índio teria ganhado a cor negra como contribuição do africano e o nome de Saci. Daí teria o português colocado-lhe um gorro vermelho. Entretanto, para alguns, originariamente o Saci possuía duas pernas perfeitas. De região para região, de tempo em tempo, o Saci modifica sua aparência. Há relatos de Saci com calção ou mesmo nu, com duas pernas, de uma só perna ou com uma atrofiada. Câmara Cascudo (1989) faz sua descrição como sendo: "pequeno negrinho, com uma só perna, carapuça vermelha na cabeça, que o faz encantado, ágil, astuto, amigo de fumar cachimbo, de entrançar as crinas dos animais, depois de extenuá-los em correrias, durante a noite, anuncia-se pelo assobio persistente e misterioso...". Como os demais mitos, o Saci assume diversas denominações, podendo ser Saci Pererê no Sul do país, Kaipora no Centro e Matintapereira ou Maty-Taperé ao Norte, além de Maty, Çaci, Saci, Pererê, Cererê, Saci-Saperê, Saci-trique, Saci-Seperê, Saci-Taterê. O termo Saci resulta do tupi-guarani “Çaa cy perereg”. Vem do verbo pererek, pular. Daí a origem do nome Saci Pererê que, por não ter uma perna, anda aos pulos (revista Galileu, edição 89).As traquinagens ocorridas, em especial na zona rural, são sempre atribuídas ao Saci. Apaga a luz do candeeiro, some a criança do berço, queima o arroz, azeda o feijão, faz desandar a massa do bolo, coloca insetos na comida, troca o sal pelo açúcar. Á noite dá nó na crina dos cavalos, rouba os ninhos das galinhas, deixa as porteiras abertas, assobia como o vento nas janelas e nas portas. Também invade casas, esconde objetos, assusta as crianças e causa insônias.
Monteiro Lobato foi o responsável pela difusão do Saci Pererê por todo o Brasil. Primeiro, com a proposição de um debate sobre o Saci, publicado no jornal O Estado de São Paulo e compilado em forma de livro com o título "O Sacy-Perêrê - Resultado de um inquérito", em 1918. Com o livro "O Saci", que descreve a captura de um Saci pelo Pedrinho, Lobato resgata para o mundo infantil o mito e populariza essa personagem, como uma entidade travessa. Conta que ele nascia em um local da floresta conhecida como "sacizeiros", constituída de bambuzais de onde só saia quando completasse 7 anos e vivia até os 77. A partir da versão televisionada do "Sítio do Pica-pau Amarelo", as travessuras do Saci Pererê lhe garantiram popularidade em todo o país e fora dele. 1419 O escritor, chargista e cartunista Ziraldo também criou a turma do Pererê, com personagens como: o coelho, o macaco, o tatu, o jaboti, a onça, a coruja, um indiozinho, duas meninas e dois caçadores. O folclore teceu, então, em torno dessa personalidade, inúmeros recontos, embora muitos deles não sejam comercialmente publicados. Como outros mitos, suas histórias fazem parte da tradição oral.

MITO


Segundo Mircea Eliade, “O mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e complementares...o mito conta uma história sagrada, relata um acontecimento que teve lugar no tempo primordial, o tempo fabuloso dos começos...o mito conta graças aos feitos dos seres sobrenaturas, uma realidade que passou a existir, quer seja uma realidade tetal, o cosmos, quer apenas um fragmento, uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, é sempre portanto uma narração de uma criação, descreve-se como uma coisa foi produzida, como começou a existir...”. O mito não tem um conceito unânime, mas podemos ver que ele representa uma explicação da origem do homem, do mundo, através de símbolos, o modo com uma civilização entendeu e interpretou a existência humana na terra.
O Mito surgiu na cultura ocidental como a primeira forma de explicar a realidade natural ou social. Na Grécia antiga cultivava-se a tradição oral e o mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, que é feita em público, considerado como verdade absoluta por acreditar de forma radical em quem estava falando.
Para Platão o mito era conhecimento da realidade. Sua filosofia se fez à base de mitos. Orígenes pôde dizer que o método filosófico de Platão resumia-se em "esconder as grandes doutrinas dentro de mitos" (Cels., 4,39). E Aristóteles, embora tenha conduzido a filosofia pelos caminhos da lógica, afirmava que "o filósofo é, em certo sentido, amigo dos mitos porque o mito diz coisas que maravilham".



terça-feira, 24 de abril de 2012

FILOSOFIA




FILOSOFIA E FILOSOFIA DE VIDA

O homem como um ser racional faz questionamentos há décadas a respeito do mundo em que vive, então para sua orientação surgiu a Filosofia que é a área do conhecimento que estuda, por meio de investigação, análise, discussão, formação e reflexão das idéias, o pensamento do homem, com teorias baseadas em estruturas lógica capaz de produzir conceitos e idéias. A Filosofia é diferente das outras áreas, pois não se baseia em experimentos ou na observação, mas apenas no pensamento. O filósofo não aceita qualquer constatação imediata como verdade, ele busca analisar, problematizar, para só depois chegar a determinadas conclusões, como podemos observar fazem vários estudos em relação à determinada problemática, dando embasamento científico. Devemos atentar que a Filosofia deste os primórdios até os dias atuais busca satisfazer o homem em seus questionamentos sobre a origem do mundo, os mistérios do universo e da vida. A Filosofia é importante para todos nós, pois segundo Bertrand Russel “A Filosofia embora incapaz de nos dizer com certeza qual é a verdadeira resposta para as dúvidas que ela cria, é capaz de sugerir muitas possibilidades que aumenta nossos pensamentos e os liberta da tirania do costume”.
Já a “Filosofia Vida” está relacionada à mera opinião, ou seja, a uma especulação rasa e simplista sobre as coisas, sem nenhum conteúdo rigosamente reflexivo. É a filosofia de cada indivíduo em relação aos acontecimentos do dia-a-dia, o modo como vê as coisas e chega a uma conclusão sobre determinado assunto, nada mais é do que a filosofia de vida de todos nós, a maneira que vemos, agimos e buscamos respostas do nosso jeito de viver e do nosso comportamento.
A grande diferença entre a filosofia e a filosofia de via é que está se refere o simples olhar e a concepção do homem em relação ao mundo em que vive, enquanto aquela se baseia em fatos concretos, fundamentos, capazes de ultrapassar o mero conhecimento.